quinta-feira, outubro 19, 2006

Estados de espírito

Só posso aceder ao meu blog a partir do escritório...
Por vezes isso torna-se complicado para fazer entradas no compêndio. Quase tenho de fazer um esforço, para conseguir parar, e ser capaz de pensar em algo mais do que o dia-a-dia... É quase como um exercício de auto- disciplina.
Depois sou interrompido pelas mais variadas razões... Trabalho é uma delas! Um homem já não pode escrever em paz, irra...
É por isso que muitas vezes acabo por me refugiar na poesia. É mais subjectiva e igualmente bela.

Um dia li que os poetas portugueses só o eram, porque escrever era demasiado trabalhoso, então decidiram trocar a prosa pelo verso... Concordam?
Isso eu já não sei, mas se assim foi...
Era bom que houvesse mais preguiçosos do tipo Florbela ou Bocage!!!

Porque o poeta era um fingidor,
Ou seria um preguiçoso?

Fui eu quem lho rotulei,
Esta etiqueta chapada,
Na tez da sua fronte,
Tamanha patacoada...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Compêndio


Terá de ser um compêndio, pois nunca conseguirei um relato completo de todas as coisas fascinantes, com que nos deparamos e queremos partilhar...
Este será acima de tudo o meu alter-ego, onde os meus pensamentos terão vida própria e serão independentes. O local onde tudo fluirá sem restrições... Um lixo literário de poemas, estórias e pensamentos dispersos, que por vezes não cabem nas memórias que guardo.

É o princípio da incerteza que sinto todos os dias ao levantar... É a falsa sensação de segurança de darmos como adquirido as coisas mais simples e belas da vida... É um pôr-do-sol reflectido em nuvens alaranjadas quando estamos numa fila de trânsito, é saborear um copo de leite fresco de manhã quando acordamos, é ouvir uma música e deixarmo-nos inundar de emoção.

É saber apreciar a felicidade quando ela nos vem bater à porta, saborear cada momento, pois no fundo a sua efemeridade estará sempre presente!